terça-feira, 17 de junho de 2008

Desfile da DASPU na Praça Roosevelt

Daspu mostra em SP coleção criada por nova equipe de estilo

Dia 20 de junho às 21h na Praça Roosevelt

Parceira com faculdade mineira faz grife dar salto de qualidade para o Verão 2009. Lançamento é sexta na Praça Roosevelt, com grupos teatrais

A grife de prostitutas Daspu, criada pela ONG Davida em 2005, apresenta nesta sexta 20, em São Paulo, a coleção de Verão 2009, As Cruzadas – Entre o Botão e a Espada. Lançada no Rio semana passada e recebida como um salto de qualidade e um lançamento “de fôlego”, a coleção foi desenvolvida em parceria com uma nova equipe de estilo, formada por profissionais, alunos e ex-alunos dos cursos de Design de Moda e Design Gráfico da universidade Fumec, de Belo Horizonte.

As referências do novo conceito são “as próprias prostitutas, a sexualidade, o comportamento, a arte e o movimento de mudar atitudes, jeitos de vestir, falar e pensar”. Trata-se, segundo a nova equipe, de “uma cruzada que reflete a batalha Daspu, onde prostitutas e simpatizantes são modelos de resistência, de identidade e de afirmação, criando moda para criar respeito e auto-estima, sem perder a sedução, o humor e a ironia da grife”.

O lançamento será às 21h, na Praça Roosevelt, numa parceria com o grupo teatral Os Satyros, com a produção da peça Eu Quero Ver a Rainha e com o Instituto da Diversidade Humana (IDIVHA). O Instituto Embeleze vai fazer cabelo e maquiagem das modelos, que usarão sapatos da grife carioca de calçados Pé de Anjo.

Pouco antes do desfile, Paula Cohen faz intervenção artística com a sua personagem Neusa Sueli, de Navalha na Carne, do Plínio Marcos, com participação de Gero Camilo. Depois, à meia-noite, as modelos vão assistir à penúltima apresentação da peça Eu Quero Ver a Rainha, baseada em relatos de prostitutas, e escrita e protagonizada por Fabiana Fonseca. No sábado, ela faz a última apresentação da temporada, também no Espaço do Satyros Dois.

O desfile terá a participação de prostitutas da Daspu e das associações Vitória-Régia, de Ribeirão Preto, e Mulheres Guerreiras de Campinas. Também vão cruzar a passarela-passeata grafitada por simpatizantes da causa, outros simpatizantes, ativistas, profissionais liberais, donas de casa. Mulheres e homens que, independente do que fazem para sobreviver, têm muito em comum, desfilando as suas singularidades e a sua visão de mundo. Elas vão mostrar calças justas, saias curtas, vestidos, shorts e camisetas cifradas de idéias, acompanhadas de objetos cenográficos como espadas, elmos e capacetes. Eles, novíssimas cuecas da grife.

O Programa de DST/AIDS de Campinas e o Programa Estadual de DST e Aids de São Paulo também apóiam o evento.

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